Quase 40% dos primatas brasileiros estão sob ameaça de extinção

Foto: Miguelrangeljr/ Wikimedia Commons

Mais Lidos

  • O economista Branko Milanovic é um dos críticos mais incisivos da desigualdade global. Ele conversou com Jacobin sobre como o declínio da globalização neoliberal está exacerbando suas tendências mais destrutivas

    “Quando o neoliberalismo entra em colapso, destrói mais ainda”. Entrevista com Branko Milanovic

    LER MAIS
  • Abin aponta Terceiro Comando Puro, facção com símbolos evangélicos, como terceira força do crime no país

    LER MAIS
  • A farsa democrática. Artigo de Frei Betto

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

05 Outubro 2018

Estudo publicado em junho na revista científica PeerJ, realizado por um grupo internacional de 72 especialistas em primatas, entre os quais oito de instituições brasileiras, aponta que parte de 439 conhecidas espécies de primatas corre algum risco de extinção. Ocupando o terceiro lugar da lista de países ais ameaçadores, atrás de Madagascar e Indonésia, aparece o Brasil. Das 102 espécies que pertencem à nossa fauna, 39% fazem parte deste grupo. Em números absolutos, são 35 espécies sob o risco de desparecer de vez, mas em diferentes graus.

A reportagem Ana Maria, publicada por Envolverde, 03-10-2018.

“Isoladamente, a extinção de uma espécie, seja animal ou vegetal, já deve ser encarada como uma perda irreparável. Mas o desaparecimento de qualquer espécie pode gerar muitos danos ao meio ambiente”, alerta o Biólogo Luiz Eloy Pereira, vice-presidente do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS). No Brasil, dos gêneros com espécies mais ameaçadas estão os Leontopithecus (micos-leões, 4 espécies) e o Brachyteles (dos muriquis, duas espécies). Figuram ainda na lista as espécies Alouatta guariba guariba (bugio ruivo) e o Cebus kaapori (caiarara).

No caso dos primatas, Pereira explica que eles são de grande importância para o meio ambiente, pois desempenham algumas funções relevantes para a preservação ou manutenção da biodiversidade. “Muitos são responsáveis pela dispersão de sementes de várias espécies consideradas essenciais para a regeneração de florestas. Caso esses primatas desapareçam, a falta desse serviço prestado por eles colocará também em risco a preservação desses biomas”, completa o vice-presidente do CRBio-01.

O estudo, aliás, indica que uma das principais causas para o risco de extinção dos primatas é justamente a perda de habitat, principalmente aqui no Brasil. “A grande maioria desses animais não tem uma segurança adequada”, diz Pereira. Ainda que no Brasil a porcentagem deles em unidades de conservação seja considerada relativamente alta, 38%. “De qualquer maneira, para reverter esse quadro, uma das primeiras medidas de segurança a serem tomadas para garantir a sobrevivência dessas espécies deve ser a expansão dessas áreas protegidas”, conclui o Biólogo

Leia mais